Mafalda é um gênio?

Mafalda é um gênio?

sexta-feira, 29 de março de 2013

Quer um gênero textual bem legal? POEMA! Esse vale a pena!

O poema é um gênero textual que se constrói não apenas com ideias e sentimentos, mas também por versos, estrofes, recursos musicais e palavras de sentido figurado. As rimas podem ou não aparecer nos poemas. Neles encontramos a poesia, uma linguagem subjetiva (visão pessoal do autor) e figurada  (que foge aos padrões e nem sempre é real, sugerindo ao leitor que descubra o verdadeiro significado). A poesia também pode estar presente na prosa (linhas contínuas). 

Esta será apenas uma atividade de reconhecimento. Os poemas a seguir são de escritores famosos, e portanto, bem conhecidos: o 1º, de Carlos Drummond de Andrade, e o 2º, de Manuel Bandeira.
Vamos ler?
Casas entre bananeiras/ Mulheres entre laranjeiras/ Pomar, Amor, Cantar/ Um homem vai devagar/ Um cachorro vai devagar/ Um burro vai devagar/ Devagar.../ As janelas olham/ Êta, vida besta, meu Deus! (Carlos Drummond de Andrade).




2 comentários:

  1. Gostei do segundo texto: "O Bicho".
    Gilles Lipovetsky, filósofo francês contemporâneo, afirma que no pós-modernismo a "imagem" domina a realidade. Vivemos um culto ao "ter" que menospreza a grande importância do "ser" e nos leva a ter atitudes medíocres de nos acharmos superiores a outros da mesma espécie simplesmente em razão das posses. E assim, o pré-conceito (bicho) da imagem vista se volta para o próprio espectador que também não passa de um bicho que se esquece de que vivemos em um mundo passageiro onde o acúmulo do "ter" não traz felicidade a ninguém.

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  2. Excelente a concepção da profa. Alice!
    Concordo com a visão sobre a influência da imagem na sociedade contemporânea, a qual pressupõe, simula e até mesmo determina quem são os dominantes e os subalternos.
    Relacionando a temática a outros textos, há um poema concreto, de Augusto de Campos, no qual a palavra LIXO é construída a partir de outras menores: LUXO, repetidas vezes, trazendo um contraste e uma reflexão quanto aos nossos pequenos e grandes 'luxos' que podem resultar em diversas formas de lixo; representando também a diferença de classes: quem não é do luxo, é do lixo (na imagem, o LIXO é representado com uma palavra só, em tamanho destacado, talvez simbolizando 'a grande massa', e o luxo são pequenas palavras, espalhadas no meio do lixo, podendo representa 'a minoria').
    Outra recordação é um filme baseado em livro homônimo: 'Ensaio sobre a cegueira', do autor português José Saramago. No filme, as pessoas vão se infectando por uma doença desconhecida, tornando-se cegas e dependentes umas das outras, até que o mundo cego dá lugar ao mundo imundo e bárbaro: cadáveres espalhados pelas ruas, incêndios, lixo, detritos, todo o tipo de sujeira e imundice se instala pela cidade. Os cegos passam a seguir os seus instintos animais e sobreviver como nômades, instalando-se em lojas ou casas desconhecidas. O luxo se perde em razão da incapacidade, impotência e das necessidades das pessoas, a própria vida se torna um lixo. Uma ótima reflexão.

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